terça-feira, 4 de março de 2008
A grandeza do Benfica
Embora esta entrevista já tenha sido publicada há algum tempo, penso que deveria transcrevê-la para o blog.
A principal razão é acabar de uma vez por todas com a ignorância de uma pequena parte da população portuguesa e responder como um clube como o Benfica é tão grande e o porquê de ser o maior clube do mundo!
Excerto de uma entrevista de António Lobo Antunes (ALA) à revista Visão onde, às tantas, se evoca a dita "guerra do Ultramar", em Angola,
em que o ilustre Autor tomou parte. Não é em vão que este senhor é justamente considerado um dos maiores escritores portugueses vivos. [...]
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: (...) Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que
nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são
aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo havia
coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a
mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação
ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que
são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor
protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa
que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até
percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra
um do Benfica?
V: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
in Visão
A principal razão é acabar de uma vez por todas com a ignorância de uma pequena parte da população portuguesa e responder como um clube como o Benfica é tão grande e o porquê de ser o maior clube do mundo!
Excerto de uma entrevista de António Lobo Antunes (ALA) à revista Visão onde, às tantas, se evoca a dita "guerra do Ultramar", em Angola,
em que o ilustre Autor tomou parte. Não é em vão que este senhor é justamente considerado um dos maiores escritores portugueses vivos. [...]
V: Ainda sonha com a guerra?
ALA: (...) Apesar de tudo, penso que guardávamos uma parte sã que
nos permitia continuar a funcionar. Os que não conseguiam são
aqueles que, agora, aparecem nas consultas. Ao mesmo tempo havia
coisas extraordinárias. Quando o Benfica jogava, púnhamos os altifalantes virados para a
mata e, assim, não havia ataques.
V: Parava a guerra?
ALA: Parava a guerra. Até o MPLA era do Benfica. Era uma sensação
ainda mais estranha porque não faz sentido estarmos zangados com pessoas que
são do mesmo clube que nós. O Benfica foi, de facto, o melhor
protector da guerra. E nada disto acontecia com os jogos do Porto e do Sporting, coisa
que aborrecia o capitão e alguns alferes mais bem nascidos. Eu até
percebo que se dispare contra um sócio do Porto, mas agora contra
um do Benfica?
V: Não vou pôr isso na entrevista...
ALA: Pode pôr. Pode pôr. Faz algum sentido dar um tiro num sócio do Benfica?
in Visão
leite "morninho"?
Há situações que por muito que queiramos manter a compostura, é difícil não nos tirarem do sério.
Imaginem uma situação muito real (que só de realista tem o facto de se ter passado comigo), numa manhã solarenga num café bem no centro de Lisboa.
"- Olhe, por favor, queria um leite "ucal" com chocolate. Se puder ser gostaria que fosse aquecido, mas não muito quente... Ah... e um croissant com chocolate também."
"- Muito bem, então quer um croissant de chocolate e um leite "ucal" com chocolate assim para o morninho?"
Se há situações em que um homem sente a sua virilidade ameaçada, esta é uma delas!
Como se não fosse suficiente pedir um bolo com um nome francês, só faltava a acompanhar uma bebida com um adjectivo como o "morninho"!
Eu que até nem sou a favor do machismo de bigode e brilhantina e peúgo branco, portanto um macho liberal dos tempos modernos, esta foi a segunda maior ofensa a que já fui contemplado em toda a minha vida. A primeira foi ver o meu Benfica a jogar de cor-de-rosa.
Para ajudar à festa e humilhação de minha pessoa, as palavras "leite", "morninho" e "croissant" foram entoadas com um tom juncoso, para meio café ouvir...
Isto que me sirva de lição, a partir de agora, pequenos-almoços fora de casa é a bela da "mine" e uma "sande de coirato, o croissant e o leite "morninho" fica para os meninos!
Imaginem uma situação muito real (que só de realista tem o facto de se ter passado comigo), numa manhã solarenga num café bem no centro de Lisboa.
"- Olhe, por favor, queria um leite "ucal" com chocolate. Se puder ser gostaria que fosse aquecido, mas não muito quente... Ah... e um croissant com chocolate também."
"- Muito bem, então quer um croissant de chocolate e um leite "ucal" com chocolate assim para o morninho?"
Se há situações em que um homem sente a sua virilidade ameaçada, esta é uma delas!
Como se não fosse suficiente pedir um bolo com um nome francês, só faltava a acompanhar uma bebida com um adjectivo como o "morninho"!
Eu que até nem sou a favor do machismo de bigode e brilhantina e peúgo branco, portanto um macho liberal dos tempos modernos, esta foi a segunda maior ofensa a que já fui contemplado em toda a minha vida. A primeira foi ver o meu Benfica a jogar de cor-de-rosa.
Para ajudar à festa e humilhação de minha pessoa, as palavras "leite", "morninho" e "croissant" foram entoadas com um tom juncoso, para meio café ouvir...
Isto que me sirva de lição, a partir de agora, pequenos-almoços fora de casa é a bela da "mine" e uma "sande de coirato, o croissant e o leite "morninho" fica para os meninos!
Subscrever:
Mensagens (Atom)