Já sabia que um dia seria esse dia, era tão evidente que mesmo à frente do nosso nariz não queremos acreditar nessas evidências.
Já tinha poucas coisas a que me agarrar, de facto, quando tem que acontecer, acontece e não podemos fazer nada.
Hoje foi o dia do "
por favor não venhas nunca!", mas chegou, por muito que nos preparemos, nunca estamos prontos e agora há que saber viver a realidade, porque o sonho morreu neste dia.
Será pedir muito para ganhar uma pequena batalha no meio de tantas perdidas?
Os Deuses não me têm dado tréguas por mais que eu faça o bem, que transmita energias positivas à minha volta e aos outros.
Este foi o dia que me apercebi que o
luto (há muito feito), não tinha nada a ver com isso, mas sim que nunca deixei de estar apaixonado e descobri que o luto é um processo de
desabituação da outra pessoa, de rotinas ou de uma relação.
E a
paixão é uma coisa totalmente diferente, a paixão está sempre lá, mesmo que te escondas da outra pessoa e ao mesmo tempo tão
perto que quase adivinhas os batimentos cardíacos do outro/a, que lhe dês a
liberdade para que seja feliz mas que
desejes profundamente que seja ao teu lado se possível para sempre, que não interfiras mas ao mesmo tempo de certa forma corrijas o seu trilho para que caminhe de encontro à
felicidade plena, para que no grito por socorro, nem que seja feito em surdina, vistas a capa de
super humano e apareças em menos de um segundo em resposta à ajuda, ao seu medo, receio ou tristeza.
É engraçado de como estamos a sempre a aprender na vida, jurava (até hoje) a pé juntos que a paixão era uma coisa efémera e o amor uma coisa eterna. Hoje não penso assim, vivi sempre apaixonado até hoje e continuarei a estar apaixonado no futuro.
Tive apenas duas relações longas,
a primeira foi mesmo uma questão de luto, esta
ultima é sem dúvida nenhuma uma paixão que ainda aqui está comigo todos os dias. E essa é uma
pequena grande diferença!
(a imagem é lamechas, pirosa, mas quem é apaixonado tem tendências destas...)