Voltei de novo porque já não vinha aqui há um tempo e para não deixar cair a promessa que fiz no post anterior de dinamizar o blog.
Contudo e apelando à minha costela sincera não me encontro verdadeiramente inspirado...
Dei uma volta por alguns blogs, onde se escreve bem e com piada, mas esse exercício acaba por ser perjurativo se o intuito é escrever com originalidade. Porque quer queiramos admitir ou não, somos minimamente influenciaveis.
Já muito falei aqui sobre Portugal, mais vezes mal do que bem, mas nunca no sentido destrutivo, apenas constatando a "minha" realidade, os exemplos e as mensagens que capto no dia-a-dia por ti por ele, ela ou eles... enfim, por todos nós que temos em comum um bilhete de identidade e passaporte lusitano.
Continuo a ter a mesma ideia de Portugal, dos portugueses, tenho um sentimento contraditório em relação a nós e ao nosso país, quase uma relação de amor e ódio.
Amo o meu país, que não haja dúvidas disso, mas invejo outras culturas o seu modo de estar, de viver o dia-a-dia, onde a mesquinhez e a "pequininice" também existe mas se calhar mais camuflada que na nossa sociedade.
Somos pequenos em tamanho, não precisamos necessariamente de ser pequenos como gente, somos um país com história, (quase 900 anos de existência), mas continuamos a cometer erros no dia-a-dia como se fossemos um país adolescente e irresponsável.
Uma vez disseram-me que Portugal e a Europa têm uma postura no mundo de velhos sábios, porque já passaram por guerras e invasões na sua história e preferem a diplomacia antes de qualquer intervenção mais coerciva para o outro lado ou para nós mesmos.
Concordo com esta análise bastante inteligente e confesso nunca ter visto por esse prisma, não é por acaso, que quem fez esta brilhante análise era um cidadão de um país estrangeiro, mais precisamente uma cidadã.
O que mais me revolta em Portugal é que para se ser grande, tem que se ir para fora, porque aqui é muito dificil ou quase impossível, há muita mesquinhez neste país.
O caso mais mediático é o de José Mourinho, mas tenho mais exemplos que tive a felicidade de conhecer pessoalmente, não tão mediáticos para o comum dos mortais, mas muito importantes para mim, porque são modelos, não ídolos porque não acredito nestes.
José Ricardo Cabaço, ex-director criativo da Grey Home, brilhante criativo, o qual tive o prazer de poder trabalhar para ele e Hugo Veiga, ex-dupla meu e brilhante redactor publicitário além de um verdadeiro amigo.
Sinceramente, não sei se terão saudades deste nosso Portugal, nunca lhes perguntei directamente, mas acredito que sim, mas também acredito que não voltariam para cá se lhes pedissem para regressar no dia a seguir.
Por alguma razão, eles saíram daqui e estão bem, pelo que sei, lá fora. Com todas as desvantagens e vantagens que é estar a viver num país estrangeiro, mas tiveram coragem de abandonar certos "confortos" de um país pequeno com tanto para nos oferecer, por isso são modelos, os quais admiro.
Olhando para eles, dá vontade de fazer o mesmo e tentar crescer lá fora.
Eu escrevi tentar e não foi por acaso, porque nada na vida é certo e ir morar para um país diferente tem um enorme risco que só poucos estão dispostos a correr.
Este texto acaba por ser um pouco pesado, concerteza ninguém esboçou um sorriso ao lê-lo, mas fui escrevendo o que me foi na alma.
É uma mania, ou defeito meu, escrever assim directo no blog sem rever, mas se não fosse assim também não seria o meu blog...
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