sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Uma bandeira de pernas para o ar, uma referência do jornalismo que se apaga, umas miniaturas mal planeadas...

É provável que este foi o título de um post mais comprido que escrevi, provavelmente nenhum dos assuntos no título tenham nada a ver entre si, mas o mais provável é que até tenham! 

Hoje na comemoração da Implantação da República Portuguesa, num erro grave, o Presidente da República desfraldou a bandeira de Portugal de pernas para o ar! É grave, porque na Constituição Portuguesa esse ato é considerado crime. Mas ir buscar outros fait divers a este acontecimento, não passam disso mesmo, fait divers
Ainda bem que isso aconteceu, é uma imagem realista que o país atravessa, não conheço ninguém que não considere que a sua vida ande de pernas para o ar, não há esperança e o pessimismo cresce (mais ainda) entre os portugueses. 
Quero acreditar que neste infortúnio, este ato (grave) carregado de simbolismo negativo mas muito realista, seja um sinal que a partir de hoje vamos dar uma volta de 180º nas nossas vidas, para melhores dias, obviamente!



Hoje de manhã, Margarida Marante deixou-nos prematuramente aos 53 anos, uma referência no jornalismo, entrevistou as grandes figuras públicas nos últimos 20 anos, gostava dela, uma profissional rigorosa, independente e séria. Vai deixar saudades!


Hoje comprei umas miniaturas de bolos a pensar que ia fazer um lanche gostoso, apresentar a minha nova casa e passar umas horinhas à conversa.
Infelizmente, foi tudo por água abaixo. Pensamento positivo do dia: vou ficar com uma caixa de miniaturas só para mim!



Se ainda não descortinaram o que estes acontecimentos têm em comum entre si, segue a esperada revelação nos parágrafos seguintes...

... planeamento!

Vejamos:
Se alguém tivesse planeado bem aquelas coisas a que chamam de protocolo, nunca a bandeira teria sido hasteada de pernas para o ar, não haveriam um chorrilho de posts nas redes sociais a falarem do mesmo, a empolgarem um acontecimento que só tem apenas como fato de ter sido infeliz (embora seja grave);


Se Deus existe, o seu planeamento está mal feito, roubar tão cedo a vida desta excelente profissional, é indesculpável, é infeliz e grave;

Se eu tivesse convidado antes de ir às compras, o mais certo é não ter gasto dinheiro numa caixa cheia de miniaturas de bolos e lanchava um papo seco com um chá e seria o suficiente. Lição de vida: seja um acontecimento grande ou pequeno, devemos planear, garantir as confirmações de presença e só depois ir às compras.

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